Marco Pollo Del Nero (CBF), e Afonso Alberto (ABRACE) |
Na íntegra, o documento entregue ao presidente da CBF.
Diante de constantes reclamações oriundas de diversos veículos de comunicação e também de seus profissionais, relativas às novas normas divulgadas pela Confederação Brasileira de Futebol — CBF — sobre credenciamento e regras a serem seguidas dentro dos estádios de futebol, aos órgãos e seus funcionários, que realizam as coberturas dos jogos válidos pelas Séries A e B do Campeonato Brasileiro de Futebol, vimos solicitar mais flexibilização por parte desta entidade, por meio dos seguintes itens:
1- Permitir, nos Estádios que ofereçam condições (fisicas e técnicas), entrevistas antes, no intervalo e ao final dos jogos, com atletas, treinadores, diretores e envolvidos no evento, desde que estes queiram falar com a imprensa;
2- Posicionar os profissionais devidamente credenciados para o jogo, no entorno do gramado, em locais que ofereçam segurança, boa visibilidade e condições ideais de trabalho;
3- Acabar com as punições/suspensões impostas a repórteres, técnicos, cinegrafistas, fotógrafos, por possíveis. deslizes destes profissionais, transformando-as em comunicados oficiais, responsabilizandoos veículos de comunicação pelos quais trabalham e suas respectivas chefias;
4- Orientar os Delegados e/ou Fiscais de federações elou arenas, para que tenham mais tranquilidade, educação, profissionalismo e traquejo no trato com os profissionais de imprensa que estejam devidamente credenciados e exercendo suas funções;
5- Chamar a Associaçã&BfasiIeira de Cronistas Esportivos — ABRACE — sempre que houver reuniões nas quais sejam tomadas decisões com relação à participação da crônica esportiva brasileira nos eventos esportivos;
6- Sempre exigir a apresentação de carteiras das associações nacionais ou estaduais aos profissionais que solicitarem credenciamento nos jogos dos campeonatos organizados pela CBF, confederações internacionais ou pelas federações estaduais;
7- Flexibilizar o horário de entrega dos coletes aos profissionais aptos a trabalharem.
As reinvindicações descritas acima, em forma de tópicos, tornam-se necessárias e urgentes, uma vez que há um desconforto e um descontentamento geral por parte dos profissionais e dos responsáveis pelos veículos (rádio, portais, TV 's, jornais impressos, assessorias) de comunicação, que trabalham em nossos estádios, com o atual tratamento recebido durante os jogos. Jornalistas e profissionais do futebol sempre tiveram um convívio pacífico e amistoso em nossos estádios e julgamos que as novas imposições em nada influenciam nesse convívio e apenas prejudicam a qualidade do trabalho que é feito e levado ao espectador, que depende da imprensa para acompanhar seus clubes de coração e ídolos.
Certo de que a Confederação Brasileira de Futebol irá estudar nossas solicitações com responsabilidade e profissionalismo, colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos futuros.
Atenciosamente,
AFONSO ALBERTO TEIXEIRA DOS SANTOS
1º Vice Presidente da ABRACE
1º Vice Presidente da ABRACE